Os recentes contratos concedidos pela Petrobrás para o grupo SLB Onesubsea para fornecimento de equipamentos submarinos para os campos de Sépia e Atupu, na Bacia de Santos, e Roncador, na Bacia de Campos, sinalizam a importância que o Brasil terá para a indústria subsea nos próximos anos. De acordo com uma recente análise publicada pela Rystad Energy, os investimentos globais de operadores com equipamentos e serviços de instalação subsea de 2024 a 2027 deverão alcançar a pomposa cifra de US$ 42 bilhões. A Rystad aponta que a atividade de investimento tem se mostrado especialmente forte na América do Sul e na Europa, onde grandes projetos estão avançando significativamente e atraindo novos recursos. O Brasil, em particular, continuará sendo um mercado atraente devido às vastas reservas do pré-sal, o que tem gerado uma alta demanda por equipamentos.
A consultoria avalia ainda que a Petrobrás permanece como uma operadora dominante na contratação de tecnologias submarinas, particularmente na América do Sul, onde investiu fortemente nos desenvolvimentos do pré-sal. A previsão é que os gastos no Brasil com a indústria subsea devem aumentar 18% em relação ao ano anterior, chegando a US$ 6 bilhões em 2024, muito em função dos projetos da Petrobrás.
Outra tendência identificada pela Rystad é que os desenvolvimentos em águas profundas serão o carro-chefe das novas demandas, representando 45% do mercado de 2024 a 2028. A Revitalização de Barracuda, no Brasil, Johan Castberg e Breidablikk, na Noruega, e Golfinho, em Moçambique, são alguns dos projetos em destaque.
Já os projetos de águas ultraprofundas, impulsionados por iniciativas importantes de produção, armazenamento e descarregamento flutuantes (FPSO) no Brasil e na Guiana, estão projetados para capturar 35% do mercado. Espera-se que a América do Sul lidere o mercado globalmente, com 500 instalações de árvores submarinas nos próximos cinco anos. Os maiores empreendimentos em águas ultraprofundas que estão no radar incluem Yellowtail, Tilapia e Redtail na Guiana, além de Búzios 8, Búzios 9, Sépia 2 e Atapu 2 no Brasil.
Para o segmento SURF (sigla para sistemas submarinos de risers, umbilicais e flowlines), as instalações globais devem alcançar 3.500 quilômetros em 2024. Mais uma vez, o Brasil ficará na liderança quando o assunto é demanda, representando 22% desse total. Em seguida, aparecem os EUA e Angola, que devem contribuir com 15% e 10%, respectivamente.
“O mercado submarino se recuperou robustamente dos impactos da Covid-19, que causou uma queda significativa de 20% nos gastos em 2020. Em 2021, a indústria começou a se recuperar, com os gastos aumentando 5%, chegando a US$ 23 bilhões. Olhando para o futuro, esperamos um crescimento constante no setor submarino, impulsionado por avanços na exploração em águas profundas e na captura e armazenamento de carbono (CCS). Essa recuperação destaca a resiliência da indústria e sugere uma trajetória promissora de progresso consistente”, disse a analista de pesquisa da cadeia de suprimentos da Rystad Energy, Sanwari Mahajan. Fonte: CONTRATOS CONCEDIDOS PELA PETROBRÁS MOSTRAM FORÇA DO BRASIL EM DEMANDAS SUBSEA NOS PRÓXIMOS ANOS | Petronotícias (petronoticias.com.br)
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